Washington Campos
Rosane Galaxe é moradora de Santa Maria de Campos e se destaca por seus trabalhos em fibra de bananeira, bucha vegetal, palha de milho e filtro de café usado. Dona de um dom inigualável, Rosane consegue dar sentimento as peças que confecciona. 

Em recente exposição artesanal realizada pela Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Rosane Galaxe foi uma das entrevistadas. Confira a matéria publicado no Jornal O Diário.

O pensamento criativo dos alunos do Curso de Cultura Popular da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima ganhou forma e, para sorte dos apreciadores do artesanato, foram parar em uma exposição, aberta ao público desde a última terça-feira. A mostra fica somente até esta sexta, no Palácio da Cultura, com visitas das 8h às 18h.
Do docinho modelado – uma tradição na cidade – , ao crochê, passando pelo macramê, vagonite, o quilling e as rendas irlandesas, as peças em exposição são mais do que simples artesanato. Cada uma conta um pouco da história de quem as criou. Histórias como a da artesã e instrutora do curso, Rosane Galaxe, que há 7 anos descobriu na atividade uma forma de viver melhor.
— O artesanato é uma ocupação, uma terapia, uma fonte de renda e uma maneira de contribuir com o meio ambiente. Se você não se entrega, não se concentra, as coisas não acontecem. Pode ter certeza: por trás de cada artesão, por mais bem-sucedido que ele seja, quase sempre há uma história de dificuldade — comenta a artesã, que se inclui neste grupo.
— Eu mesma sou um exemplo. Consegui essa vitória em cima da minha arte e tenho o sonho de mostrá-la ao mundo. Poucos são os que fazem somente por hobby. 90% comercializam as peças. — observa.
As originais peças de Rosane são mesmo dignas de ganhar o mundo e, além de tudo, amigas da natureza. Ela trabalha com fibra de bananeira, que pode ser agregada a materiais como bucha vegetal, palha de milho e até mesmo filtros de papel usados, aqueles mesmo, de coar café.

Na bancada da artesã, na exposição, as atenções se voltam para uma novidade: a Santa Terezinha, toda em fibra, segurando um singelo buquê de rosas de papel machê. “Começamos a criar esses personagens que estão fazendo o maior sucesso. Acho que ficou bem perto da imagem que conhecemos “, comenta. Para quem ficou animado para comprar, uma dica: é preciso encomendar. “Esta aqui é minha”, diverte-se a artesã.

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