Washington Campos
http://www.odiariorj.com/jornal/wp-content/uploads/2013/03/d2-449x600.jpg
    No ônibus conscientizando as pessoas

O portão se abre e uma figura simpática nos recebe. “Vamos chegar”, diz, deixando escapar uma voz que remete aos velhos circos de nossa infância. “As pessoas dizem que eu tenho voz de palhaço”, diverte-se Jadir de Souza, o Palhaço Narizinho. Na casa simples do Jardim Carioca, o capixaba de 66 anos mostra com orgulho diplomas e condecorações na parede, entre elas a de Palhaço Revelação, que ganhou em uma das edições do Festilhaço, em 1999, quando conheceu o famoso Palhaço Carequinha.
O registro junto ao amigo é apenas um, entre muitos que ele tem catalogado em uma pasta. “Minha vida dá uma novela”, comenta, enquanto tira do armário um macacão largo, de bolas vermelhas, já bem desbotado, o primeiro figurino do Narizinho. E é esta,  entre tantas peças coloridas, que ele escolhe para mais um dia de trabalho. Diante de um pequeno espelho, espalha em volta da boca duas camadas de tinta colorida e, em poucos minutos, se transforma em Narizinho, o palhaço que entra, de surpresa, nos ônibus da cidade, conscientizando sobre os perigos da dengue em minipalestras que envolvem a distribuição de cartões postais e a contribuição voluntária dos passageiros.
Foto: AUXILIADORA FREITAS AVALIA ATO PÚBLICO EM DEFESA DOS ROYALTIES
Agora pela manhã, a Vereadora Professora Auxiliadora Freitas participou do programa Entrevista Coletiva, da Rádio Diário FM, dando seu depoimento sobre a manifestação em defesa dos royalties do petróleo e da Constituição Federal, ocorrida ontem na Praça São Salvador.

- Fiquei arrepiada. Lembrei da luta pelas diretas já. Lembrei, também, da luta contra a ditadura. Estávamos na praça, naquela época e foi emocionante ver novamente a multidão lotá-la para reivindicar um direito. Apesar de não ser especialista, calculo que mais de 25 mil pessoas compareceram – disse Auxiliadora.

A Vereadora também destacou a importância da participação da sociedade civil no ato público:

- Muito importante a presença da sociedade civil. A caminhada vindo da câmara, com todos unidos, num único objetivo, foi emocionante. As pessoas simbolicamente com a Constituição nas mãos – frisou.

Auxiliadora também fez questão de manifestar a importância do respeito à Constituição Federal, condenando a classe política nacional pelo desrespeito à lei maior do país:

- Foi um ato politico em defesa dos royalties. Um pais que não respeita a sua Constituição é um país que corre o risco de não ser respeitado pelo seu povo e, também, internacionalmente. Políticos que se elegem, só Deus sabe como, estão denegrindo e rasgando a nossa Carta Magna, quebrando a unidade nacional.

Sobre os comentários de que o ato teria se transformado em palanque eleitoral, Auxiliadora foi enfática:

- No meu entendimento, se algum participante em sua fala resolveu dar a “César o que é de César’, tenho certeza de que foi com justiça. O ato foi apartidário, todos os segmentos da sociedade civil, todos os segmentos políticos foram convidados e quem não compareceu foi por motivos alheios à nossa vontade. Todos os pronunciamentos foram feitos com base na história passada e presente – finalizou.
Palhaço Narizinho na Manifestação pelos Royaltes

Acompanhamos Narizinho em seu trabalho. A chegada ao terminal rodoviário é uma festa. “Já conheço essa figura”, diz o motorista de uma das linhas de ônibus. A bordo de um dos coletivos, vestindo um colete com as inscrições “Dengue Não”, Narizinho distribui os postais com poemas de sua autoria no verso e usa seu carisma para conquistar a simpatia de seu respeitável público, ainda sob olhares desconfiados. “Muitos pensam que vou pedir dinheiro. Aos poucos eles entendem a proposta e, às vezes, saio aplaudido”, observa.
Aos poucos o lugar vai ficado imprensado, mas Narizinho não para de falar sobre assuntos de interesse coletivo, sobretudo prevenção à dengue. É a palhaçada com conteúdo. “Ser palhaço não é simplesmente pintar a cara. Não sou um vendedor de postais. Sou um artista. Não é qualquer pessoa que pode ser chamada de palhaço. Aliás, tenho orgulho de ser chamado assim”, comenta o palhaço, que vive da aposentadoria e é filiado ao Sindicato dos Artistas, o SATED.
O pouco tempo que passou nos bancos escolares é compensado pela larga  experiência de vida. Depois de cinco anos em Campos, Narizinho está de malas prontas para voltar para o Rio, onde começou com o trabalho nos ônibus. “Gosto muito de Campos, mas aqui não tive muitas oportunidades”, diz, deixando escapar um ar de tristeza por trás da maquiagem alegre. Com o lema “Brinco pra não brigar. Vivo rindo pra não chorar”, ele segue perseguindo seus sonhos, afinal, o espetáculo não pode parar.
| edit post
Washington Campos
A banda Encaixe Perfeito, gruo de pagode de Campos dos Goytacazes não compareceu ao show previsto para esse domingo na localidade de Santa Maria de Campos.

A empresa responsável pelo som, Abertura Promoções, aguardou até às 21 horas, mas como a banda não havia chegado, desligaram o som.

Na praça havia um grande conglomerado de pessoas, que após a missa da noite, esperavam para prestigiar o show. O projeto "o espetáculo bem mais perto de você" é mantido pela Fundação Municipal Teatro Trianon, esperamos que as providências cabíveis sejam tomadas e que possamos ter outros shows na praça, fato que gera renda para a comunidade  e forma novas platéias.

| edit post
Washington Campos
Traga sua Família, espaço reservado para idosos.

| edit post
Washington Campos
No ano em que completa 31 edições, a “Paixão de Cristo” terá novidades. O Grupo de Teatro Sacro Dom Carlos Alberto Navarro já iniciou o processo de montagem da encenação, que será apresentada no dia 24 de março, às 20h30m, na Praça do Sol, em Santa Maria de Campos, com o apoio da Prefeitura de Campos.  Nas próximas semanas, os ensaios serão intensificados. 


Quando o então Bispo Diocesano de Campos, Dom Carlos Alberto Navarro, teve a ideia de criar o espetáculo, procurou pelo teatrólogo e diretor Orávio de Campos, que, junto dos atores do Teatro Escola de Arte Dramática, montou os três primeiros anos da encenação. Por 14 anos, o saudoso ator e diretor Félix Carneiro assinou a direção do espetáculo, imprimindo sua marca, mantida por seu irmão, Pedro Carneiro, até 2012. 


– Este ano a direção ficará a cargo do ator e diretor Pedro Fagundes, que participa do espetáculo desde 1993. A montagem vai focar o martírio de Jesus, com cenas novas e textos, acompanhados pela Campanha da Fraternidade. São 31 anos de um projeto importante, fazendo com que nossa cidade possa se orgulhar de ter um dos mais antigos grupos de teatro sacro do país – comenta o coordenador geral do projeto, Pedro Carneiro.

 
A Via Sacra campista já recebeu cerca de 7 mil profissionais em suas três décadas de existência. Destacam-se no papel de Jesus, os atores Felício Rizzo, Emílo Lucas, Pedro Carneiro e Matheus Nogueira, que dá vida a Jesus há 11 anos. No papel de Maria, destaque para as atrizes Risete Carneiro, Marisa Almeida, Andréia Souza, Rosangela Queiroz, Dorinha Martins, Eliana Carneiro e Ana Nery.


No palco, quase 100 atores e figurantes darão vida aos personagens da Via Sacra. Para o novo diretor, Pedro Fagundes, o projeto representa o desafio de manter viva esta importante tradição. “Fiquei honrado com o convite. Trago muita vontade de renovar, refazer, reler e representar com muita verdade. O espetáculo reúne atores e diversas gerações de algumas famílias que, com Dom Carlos Alberto Navarro, acreditaram no projeto de evangelizar através da arte”, observa Pedro. 
| edit post