Washington Campos
Teatro do SESI/Campos
Dia 17 de abril (Domingo) às 20h
Ingressos: R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia)
Classificação : 12 anos

Kabul traz quatro faces da guerra, quatro personagens em busca de dignidade e de humanidade confiscadas por décadas de violência, quatro retratos de um Afeganistão visto de dentro das casas, por trás das cortinas e dos véus.
O espetáculo é uma criação que partiu de duas fontes: um livro, “As Andorinhas de Cabul” do escritor argelino Yasmina Khadra e uma imagem real: uma mulher, coberta com uma burca azul, sendo executada publicamente no estádio de Cabul, em novembro de 1999. Esta imagem, captada por um telefone celular, correu o mundo e revelou uma realidade tão cruel quanto distante.
Com Kabul, o Amok Teatro propõe um mergulho num Afeganistão traumatizado por vinte anos de guerras e entregue à tirania dos fundamentalistas.
O espetáculo recebeu o prêmio APTR 2009 (Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro) na categoria especial para a música, executada ao vivo, com instrumentos persas e afegãos.
AMOK TEATRODirigido pela brasileira Ana Teixeira e pelo francês Stephane Brodt, o Amok Teatro se dedica a um processo contínuo de pesquisa do trabalho do ator e das possibilidades de encenação.
O trabalho do grupo se caracteriza pela busca de um rigor formal e de uma intensidade que o corpo do ator afirma como sendo o lugar em que o teatro acontece. Esta direção de trabalho apóia-se em dois eixos: Antonin Artaud e Etienne Decroux, de quem o grupo herdou também uma técnica corporal.
Em seus espetáculos, o Amok Teatro aborda temas contemporâneos, sem perder de vista a construção de uma forma teatral e poética. A encenação é para o grupo, um campo aberto às experimentações, à pesquisa de linguagem cênica, ao aperfeiçoamento das técnicas do ator e ao diálogo com as questões fundamentais de nossa época.
O fato de pesquisar e desenvolver técnicas e métodos de trabalho específicos, não permite pensar em encenação dissociada da formação dos atores. Pedagogia e criação sempre estiveram estreitamente relacionadas nos trabalhos do Amok. O treinamento permite a evolução do grupo e o prepara ao desafio de cada novo projeto.
Desde 2003, com a inauguração de sua sede no Rio de Janeiro, a companhia tem acolhido em suas oficinas atores vindos de diversas regiões do país. A Casa do Amok se configurou como um espaço de criação e de treinamento, onde a vida da companhia e a formação de atores estão profundamente ligadas.
Uma companhia fixa é um projeto que vai além da produção de espetáculos. É uma aventura humana, com suas conquistas e suas contradições. É uma experiência coletiva, onde os termos “começar” e “perseverar” são realmente significativos.
O Amok Teatro tem obtido por todos os seus espetáculos um grande reconhecimento da crítica e do público. Com “Cartas de Rodez” (1998) recebeu o Prêmio Shell de direção, de melhor ator e o prêmio Mambembe de melhor espetáculo, além da indicação na categoria direção. “O Carrasco” (2001) ganhou o prêmio Governo do Estado de melhor espetáculo e foi indicado para direção e categoria especial para maquiagem e figurino, além da indicação para o prêmio Shell de melhor atriz e categoria especial para maquiagem. “MacBeth” (2004) foi indicado para o prêmio Shell de figurino e para o prêmio BR de Qualidade de espetáculo e de melhor ator. “Savina” (2006) foi indicado ao prêmio Shell de figurino e “O Dragão” (2008) foi selecionado pelo jornal O Globo entre os dez melhores espetáculos do ano.
FICHA TÉCNICA
Direção, texto e concepção: Ana Teixeira e Stephane Brodt
Elenco: Stephane Brodt, Fabianna de Mello e Souza, Kely Brito e Bruce Araujo
Música: Beto Lemos em alternância com Marcelo Müller (tocando: santour, tombak, saz kumbuz, daf e kamantché)
Iluminação: Renato Machado
Figurino: Stephane Brodt
Cenário: Ana Teixeira
Costureira: Dora Pinheiro
Operação de luz: Rodrigo Maciel
Fotografia: Andrea Teixeira
Produção: Erick Ferraz

Amok: Título de um conto do escritor austríaco Stefan Zweig (1881-1942), a palavra Amok é de origem malásia e significa “uma loucura, uma espécie de raiva, de dor humana… uma crise de monomania mortífera e insensata